por: Bruno Arouca.
Postado em novembro 8, 2021
Se você ainda não ouviu sobre dados first-party, em algum momento você ouvirá — e muito — porque eles se tornaram a coisa mais importante para você fazer para o seu negócio e para a sua marca.
O que são dados First-Party?
Dados First-Party são as informações que marcas e criadores coletam diretamente de seus fãs e consumidores. Esses dados podem vir de diferentes fontes, como seu site, seu CRM, pesquisas realizadas, feedbacks, reclamações no SAC etc.
Mas esses não são qualquer dado, o princípio deles é ter o consentimento do seu consumidor, ou seja, ativamente, um consumidor lhe passa algum dado pessoal e permite que você o utilize de alguma forma.
E qual a diferença entre eles e os dados Second ou Third-Party?
Dados Second-Party são os dados First-Party de um terceiro. Por exemplo: a sua empresa participou de algum evento, os dados dos participantes são do evento em questão e eles decidem compartilhar esses dados com vocês.
Dados Third-Party são uma coleção de dados de diversas fontes que são agregados em um único lugar, e que você pode comprar para realizar alguma campanha ou fazer enriquecimento (trazer mais informações) sobre dados que você já possui.
O quão importante é o First-Party?
“Marketeiros: usem dados first-party ou morram”. Este tipo de manchete está aparecendo por todos os lugares e sempre vindo de pessoas ou sites de notícias relevantes para o nosso mercado.
Com a revolução do mundo digital, que voltou suas atenções a palavras mirabolantes, como IAs, algoritmos, machine learning, os dados dos consumidores se tornaram o bem mais precioso.
E, com isso, veio o mau uso dos mesmos. É aquele famoso conceito: “Se eu estou andando na rua e você tirar uma foto minha, você pode usar esta foto?”, e a resposta é não! Então por que os meus dados, enquanto eu ‘ando’ na internet, você acha que pode?”.
E assim surgiram as leis para proteger nós, consumidores. E quando eu falo nós, eu me incluo nisso e estou incluindo vocês também, pois por trás da Agência3 tem um monte de cabeças, que são consumidores. Por isso, a proteção desses dados é tão importante para nós.
A Lei Geral de Proteção de Dados — Lei nº 13.709/2018 — é a legislação brasileira que regula as atividades de tratamento de dados pessoais. Basicamente o que ela fala é que, para você como empresa, utilizar um dado pessoal de algum consumidor para ofertá-lo ou comunicar algo, é necessário o consentimento daquela pessoa.
O impacto disso é tremendo e é um impacto que muda a forma como se faz marketing hoje, porque agora você tem que ter uma premissa em mente: formar a sua base de consumidores com consentimento para poder se comunicar com eles.
Não existe mais conversa sem consentimento e essa é a prioridade para você formar a sua base First-Party (não preciso nem falar que dá multa né?! ;-)).
Os benefícios que os dados First-Party podem trazer para seu negócio
Primeiro de tudo é que foi você quem coletou, esse dado não veio de um terceiro. Então é o tipo de dado mais confiável para você. E além de tudo, você pode coletar esse tipo de dado sem custo algum, basta incentivar a ação do usuário. É a forma mais barata de se coletar algum dado.
Por exemplo: com a pandemia, surgiram aqueles restaurantes que possuem o seu cardápio em um QR Code — você escaneia e acessa um site que tem todo o cardápio. E se naquele momento, antes de mostrar o cardápio, eu tiver um formulário capturando nome, e-mail, telefone e um checkbox de “posso te enviar comunicação?”?
De graça!
A pessoa já está sentada, já vai fazer um pedido e você ainda pode enviar ofertas para ela depois, com descontos, com base no que ela pediu de sobremesa, por exemplo. Ou, então, convidar um casal a retornar no Dia dos Namorados. Tudo isso gera surpresa, mas acima de tudo gera relacionamento 1-a-1. Você não vai apenas servir um pedido, vai chamar pelo nome aquele cliente e entender quem ele é.
E depois é exatamente isso: conhecendo cada cliente, quando você joga esses dados de uma forma centralizada e unificada em uma central de dados, você pode ganhar insights para lançar novos produtos, corrigir rotas, criar ofertas com o objetivo de criar uma experiência personalizada para seus clientes, aumentar a retenção deles com o seu negócio, identificar padrões e prever tendências futuras.
E o que eu faço agora?
Com tudo isso em mente, a primeira coisa a fazer é pensar em todos os seus canais possíveis onde você poderia coletar dados.
Depois analisar a viabilidade, quais os tipos de dados gostaria de coletar e como você pode enriquecer cada vez mais as informações que possui sobre seus clientes. Analisar tudo que eles compartilharam e melhorar cada vez mais a experiência do seu consumidor.
Este texto te ajudou? No próximo papo, vamos falar sobre outro ponto superimportante: central de dados.
Até breve!
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